Terra dos meus
amores
Pobre Arganil!... ao que te
reduziram,
tu que já foste há muito pouco ainda
uma agradável vila, fresca e linda,
tudo perdendo vais, tudo te tiram!
De capital que foste, por direito,
da Beira-Serra, quem é que diria
que hoje estarias na periferia
do vasto território a ti sujeito!
Vais de mal a pior; se não te acodem
os filhos teus que sabem ou que podem,
não imagino onde é que vais parar.
Tudo é questão, no fundo. de cultura:
Deus te depare alguém que porventura
saiba o seu nome, ao menos, assinar!
João de Castro Nunes
Do livro “Odes arganilenses”.
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