sábado, 21 de julho de 2012


                  “Essa eiró que se evade”


                  A única mazela que não lava
                   do tempo a marcha para a eternidade
                   é porventura a chaga da saudade,
que quanto mais se trata mais se agrava.


Enquanto para o resto das feridas
de natureza física ou moral
mezinhas há de todo garantidas,
nenhuma da saudade extirpa o mal.


Ódios, afrontas, golpes desleais,
no rol do esquecimento vão ficando
à medida que os anos vão passando.


Mas a saudade, essa doença estranha,
que toda a gente, a bem dizer, apanha,
pior o tempo a faz… cada vez mais!


          João de Castro Nunes





         

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