quinta-feira, 5 de julho de 2012


                   “Por que razão era então?”


                  Que grande profusão de teorias
                   na tua mente vai, caro Pessoa:
tudo em teus versos são filosofias
em que tua razão se agita e voa!


Ninguém melhor que tu para fundir
coisas que em si carecem de sentido,
morrendo, a bem dizer, por exprimir
conceitos sem carácter definido.


Tu tantas voltas dás aos pensamentos
que acabas por torná-los nevoentos,
sem te entender nenhuma criatura.


Talvez sob o efeito da aguardente,
tudo afinal se venha, em tua mente,
a traduzir em genial… mistura!


          João de Castro Nunes

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