Que mal foi
este, Amor!
Que mal foi este, Amor, que
me fizeste
que a paz se me acabou de todo em vez
e em névoa o coração se me desfez,
já nada havendo que me não moleste!
Não mais tive alegria na existência,
prazer em coisa alguma, algum contento,
tudo o vento levando num momento
sob a sua penosa turbulência!
Bonança, placidez e quietude
perdi por causa tua, sem remédio,
Amor, ao mesmo tempo doce e rude!
Que mal foi este, Amor, que me causaste
e a alma entorpecida pelo tédio
em deleitosa dor ma atormentaste!
João de Castro Nunes
Fizera-te sólida a tempestade por consentir,
ResponderEliminarvagando tropéus de anseiedade, humana esperança!
De teus gestos, curas a alma dos homens!
Coubera dos sentidos e por todos, vos alcança.