sábado, 5 de maio de 2012


                             “Saudades de nós”


                  Há que reconhecer que a nossa gente,
                   além de toda a espécie de saudades
                   que afectam as demais comunidades,
                   tem uma que é  das outras diferente.


                   Não é que nós sejamos desiguais
                   dos outros povos ou das outras raças,
                   mas a verdade é que, nestas devassas,
                   nós nos achamos sempre especiais.


                   Para nós a saudade é como um mito,
                   como um estigma que trazemos dentro
                   da nossa carne em funda letra inscrito.


                   Quer seja à flor da pele ou bem no centro,
                   até da nossa própria identidade
                   um laivo temos todos… de saudade!


                              João de Castro Nunes

1 comentário:

  1. Cláudia S. Tomazi7 de maio de 2012 às 12:06

    É desde o princípio que a saudade é forma,
    é termo e curiosidade! Há quem saiba ser feliz,
    há quem diga o que diz e os que merecem-na.
    Ser o que se é, se não for?! Construam-na.


    Uma ponte chamada saudade!

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