Magia
alcobacense
Anda no ar, à volta de Alcobaça,
um certo cheiro a incenso que talvez,
no espírito de quem por ali passa,
se prenda com a própria D. Inês.
Será que vem… da arca tumular
em cuja tampa um par de anjos alados,
de rente um para o outro, a defumar,
agita os seus turíbulos sagrados?
É que em verdade essa fragrância estranha,
misto de incenso, mirra, cedro e nardo,
a que não falta o casto aroma a cardo,
não é senão o odor que em nós se entranha
quando estamos
ao pé da sepultura
de Inês, a “bela e viva e loira e pura”.
João
de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário