domingo, 13 de maio de 2012


                            Sereias do Reno


                   Fomos a Lorelei ambos os dois,
                   fomos ouvir o canto das sereias
                   que para os nautas imolar depois
                   lhes dedicavam doces melopeias.


                   Corria ao fundo o Reno, cujas águas
                   românticos castelos espelhavam,
                   e à nossa volta, contra as altas fráguas,
                   as suas vozes de oiro ressoavam.


                   Com risco embora de ficar cativo,
                   tal como Ulisses posso estar ufano
                   de as ter ouvido ao natural, ao vivo.


                   Se resisti… à sua sedução,
                   foi porque o teu amor sobre-humano
                   neutralizou… a sua encantação.


                             João de Castro Nunes

1 comentário:

  1. Bem quisto como sempre o fora, sois de honra Poeta!
    Que de esquerda e direita em margem, tam permeia,
    cantam aos rios, elvada a voz quantas fora sereia?!
    Talvez o Ulisses de teus versos, da forma correta.

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