quinta-feira, 3 de maio de 2012


                Quando um poeta morre

                                 À memória de Eugénio de Andrade

         Quando um poeta morre, a natureza
         apressa-se a mostrar o seu pesar
         cobrindo-se  de crepes de tristeza
         por sua voz deixar de se escutar.


         Quando um poeta morre, toda a gente
         lamenta a sua perda nos jornais
         e passa a dar-lhe imediatamente
         lugar no pedestal dos imortais.


         Quando um poeta morre, Deus no céu
         decreta sempre luto por três dias
         caso constate que ele o mereceu.


         Quando morre um poeta de verdade,
         lembramo-lo nas suas poesias
         que património são da Humanidade!

 
João de Castro Nunes



            










1 comentário:

  1. Cláudia S. Tomazi4 de maio de 2012 às 06:53

    É de facto que o bem seja, patrimônio!
    Não como são de sã cosnciência é crença
    a verdade que estremeça que na terra traça
    é destino, é lança que o Poeta o povo alcança.

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