terça-feira, 1 de maio de 2012


                                      Cronos


                   O tempo mais não é que uma palavra
                   que nada significa, a bem dizer;
                   é simples termo de latina lavra
                   difícil de explicar e de entender.


                   De remota raiz indo-europeia,
                   segundo linguística versão,
                   tem algo a ver com a primária ideia
                   de ser do Tempo uma ínfima porção.


                   Dando-lhe humana forma, o povo grego
                   fez dele um deus, o deus que rege o mundo
                   que traz em perenal… desassossego.


                   Tudo devora e sempre está com  fome;
                   insaciável, sôfrego,  segundo
                   o mito reza, os próprios filhos come!


                              João de Castro Nunes  


                  
                    

1 comentário:

  1. Cláudia S. Tomazi7 de maio de 2012 às 04:28

    Porta do Sol, marco ou quilómetro zero das estradas radiais espanholas desde 1950, desde esta data destronou a Praça Maior de Madrid e tornou-se o centro axial da cidade. Já desde os séculos XVI e XVII que este enclave vinha aumentando de importância estratégica, devido a uma série de acontecimentos lendários envolvendo desde o próprio Lúcifer, o Anjo Caído, até ao urso e o medronheiro do simbolismo da primitiva cultura celta.

    O nome da Porta provém de um Sol que adornava a cerca de entrada no burgo no século XV, estando orientada para Levante. Esse Sol de pedra desapareceu com o tempo e no século XIX as suas funções simbólicas foram reocupadas pelo relógio da torre da Casa dos Correios, o edifício mais antigo desta Praça. O povo madrileno costuma reunir-se aqui para festejar a passagem do ano velho para o novo, anunciado pelas doze badaladas do relógio, e nesse momento festivo ninguém pensa e quase de certeza nem sabe que as mesmas badaladas servem igualmente para esconjurar o Príncipe do Mal, Lúcifer.

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