O sonho que sonhámos não morreu
mesmo depois que nós nos separámos,
pois a sonhar os dois continuamos,
eu cá na terra e tu aí no céu.
Para sonhar a dois não é preciso
haver qualquer contacto corporal
ou simples frente a frente visual
como será no dia de juízo.
Basta que nossas almas à distância
se atraiam, se procurem mutuamente
e se amem sem o corpo estar presente.
Sobre isto não existe discrepância:
a ausência corporal não é razão
para o sonho morrer no coração.
João de Castro Nunes
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