quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nem sempre

Aos poucos vai-se o corpo degradando
do ser humano em cada ano que passa:
hoje um ouvido que se vai tapando,
uma vista amanhã que fica baça.

Não é preciso, para o constatar,
espelho algum, pois é mais que evidente
esta situação… peculiar
de toda a criatura, toda a gente.

Só que nem sempre a alma se degrada
de braço dado, ou seja, de mão dada
com nossa corporal decrepitude.

Há quem chegue à velhice com saúde
anímica e moral, à semelhança
do que se passa com qualquer criança!

João de Castro Nunes

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