Com a sua armadura o Rei-menino,
órfão de pai ainda antes de nascido,
foi sempre para mim o figurino
do herói que eu gostaria de ter sido.
Criado pela Avó de pequenino
na convicção de que era o escolhido
para de Cristo ser o paladino,
encheu-lhe a vida um sonho desmedido.
Que belo foi tombar daquele jeito
de armas na mão e Portugal no peito
morrendo, sim senhor, mas devagar!
Por isso, morto, um dia há-de voltar
para o moral erguer deste país
que até tem tudo para ser feliz!
João de Castro Nunes
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