terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Intemporalidade

O Tempo que nos ronda e nos corrói,
embora seja cego, surdo e mudo,
por onde vai passando só destrói
e com seus dentes vai comendo tudo.

Morrem os homens, secam-se os arbustos,
as flores naturais murcham nas jarras,
a tudo o mais estende o Tempo as garras
sem mesmo dos heróis poupar os bustos!

Brasões, palácios, torres e solares,
cruzes de Cristo, esferas armilares…
não são mais que farrapos de memória!

Só o Amor o Tempo não devora:
ainda hoje Inês o mundo comemora
como o padrão maior de toda a história!

João de Castro Nunes

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