Tenho guardado o chapéuzinho dela,
de palha, de aba larga, que trazia
quando com seus irmãos se divertia,
ficando sob o carro que a atropela.
Sem lhe prestar socorro, o condutor
fugiu desconcertado… em altos gritos
enquanto os seus pequenos irmãozitos
não sabem que fazer, cheios de horror.
Tinha nove anos, uma mulherzinha,
bonita, muito fina, encantadora,
a quem chamavam todos… Mariinha.
Guardado tenho o seu chapéu de palha
como se acaso fosse uma mortalha
que me acompanha… pela vida fora!
João de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário