Porque havias, Senhora! de morrer
abandonando a minha companhia
quando na tua face ainda se lia
uma vontade imensa de viver!
Porque havias, Senhora! de partir
e me deixar com vida aqui penando
sem nada mais querer que saber quando
nos poderemos outra vez unir!
Porque havia, Senhora! de tão cedo
levar-te para si o Criador,
indiferente acaso à minha dor!
Sem seus altos desígnios questionar,
não tenho mais, Senhora! que esperar
que chegue pronto o fim do meu degredo!
João de Castro Nunes
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