segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Presunção

Quando um dia eu morrer, talvez ninguém
chore por mim nem faça caso algum
de ser apenas e tão-só mais um
que deixa a terra e vai para o além.

Assim tem sucedido a muita gente
que vale mais do que eu, talentos raros,
não me cabendo pois fazer reparos
nem ter esse factor por surpreendente.

Não deixará de fazer sol por isso
nem de chover ou de soprar o vento,
nem coisa alguma levará sumiço.

Só tenho pena que nenhuma estrela
no céu se apague, como luz de vela,
a fim de assinalar… esse momento!

João de Castro Nunes

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