União de facto
Amor e morte sempre andaram juntos
fazendo-se excelente companhia,
tendo em comum recíprocos assuntos
em termos da mais pura alegoria.
Entre ambos a fronteira é diminuta,
tendo a espessura de um papel de seda,
bastando um trago amargo de cicuta
para apagar do amor a labareda.
Anacreonte e Safo se ocupavam
num jogo de palavras a tentar
saber como estes termos se cruzavam.
Por alguma razão na língua nossa
se emprega a expressão vocabular
“morrer de
amor” escrita em letra grossa!
João
de Castro Nunes
A minha sentença é morrer de amor, poeta.
ResponderEliminarPodemos ter uma arca cheia de diamantes, raras gemas cada uma inexcedível na sua singularidade.
ResponderEliminarMas há sempre uma que excede todas as outras.
A nossa sentença é sempre morrer de amor. Mesmo quando uma fortuita pneumonia se antecipe.