Dez anos de solidão
A língua portuguesa teve em mim,
no mundo dos sonetos, o maior
e desde logo o mais fecundo autor
em jeito de diário boletim.
Em dez anos de imensa solidão
escrevi para cima de três mil
inconfundíveis pelo seu perfil
sem do meu nome terem precisão.
Em menos nunca pus a qualidade
de poema nenhum, sempre tratado
como jóia de extrema raridade.
Se Deus minha existência prolongar,
espero não me dar por jubilado
caso consiga… a lira… segurar!
João
de Castro Nunes
Três mil sonetos! Não haja dúvida, pertence ao clube dos poetas raros, se ainda os há.
ResponderEliminarTrês mil sonetos!!!