“Para além da curva da estrada”
Passada a estreita porta de marfim
que do mundo dos mortos nos separa,
logo uma luz nos baterá na cara
ao passado na terra pondo um fim.
Aguarda-nos um mítico jardim
onde a corte celeste nos prepara
uma alimentação copiosa e rara
em permanente e áulico festim.
Ser-nos-á dado então com pormenor
ver a face de Deus ao natural
em todo o seu candente resplendor.
Fechada a ebúrnea porta de seguida
terá começo, sem qualquer final,
a eternidade às almas prometida!
João
de Castro Nunes
Ainda não é o soneto final, poeta. De qualquer modo, corra bem ou mal, a passagem pela porta é sempre um encontro. Tenho a certeza que ainda vai criar um soneto sobre a gigantesca eternidade!
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