Aliviar saudades
Quando a saudade aperta em relação
aos que partiram já do nosso lar,
à mente nos acode a tentação
de através da internet os contactar.
Seus endereços encontrar tentamos
nas listas das agendas anuais
que ao fundo das gavetas conservamos
a par de outras lembranças pessoais.
Uma após outra, vamos enviando
nossas mensagens, mas nenhuma alcança
o seu destino, mesmo porfiando.
Nesta doce ilusão que nos conforta,
vai-se passando o tempo na esperança
de alguém de longe nos bater à porta!
João de
Castro Nunes
Poeta, bati à sua porta!
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ResponderEliminarDeus lhe pague!
Para Marta
Ouvi suas pancadas, de mansinho,
como quem vem de longe, já cansada,
e sem me demorar, descendo a escada,
quem seria fui ver… quase mortinho
de curiosidade, dada a hora
de um noite invernosa, já tardia,
varrida por intensa ventania,
e logo constatei… ser a Senhora!
Há sempre quem ouvindo o nosso apelo
os pés ponha ao caminho, caia neve
ou nas estradas predomine o gelo.
Deus lhe pague, Senhora, cujo nome
vou pôr na minha agenda dentro em breve
para quando a saudade… me consome!
João de Castro Nunes
Poeta! Nem fui capaz de fazer uma quadra como resposta. Só o leio e releio, encantada!
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