Sob céus austrais
Através dos sonetos corro mundo
onde quer que de fale o português:
a minha voz, tendo o amor por fundo,
aos próprios astros chegará talvez.
Há-de pensar alguém ser de Camões,
de Antero ou de Petrarca os meus poemas,
mas logo mudará de presunções
perante a natureza dos seus temas.
Nunca o amor foi tão glorificado
ao compasso da lira no que toca
à sua inteira ausência de pecado.
Nisso lhes levo a palma, pois até
no tropical Brasil ando na boca
de muito cara… à mesa do café!
João de
Castro Nunes
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