da minha natureza: não podia
deixar de amar-te desde aquele dia
em que me deste, amor, esse motivo!
Eras em tudo aquilo que eu sonhava:
porte distinto, olhar afectuoso,
linda de rosto, mais do que formoso,
um jeito de sorrir que cativava.
Cabeça levantada, ombros erguidos,
era o teu mote de procedimento
em todos os aspectos e sentidos.
Predestinado ou não, meu grande amor,
sacramentado pelo casamento,
perdura ainda em todo o seu fulgor!
João de Castro Nunes
O Amor no verbo presente. Um soneto de fazer inveja ao Camões.
ResponderEliminar(E não só ao Camões... que aqui a M tem alguma também. Uma inveja das boas, claro. )
Não resisti. Embrulhei o soneto em pranto e dediquei-o também ao meu Amor.
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