Deus lhe pague!
Para Marta
Ouvi suas pancadas, de mansinho,
como quem vem de longe, já cansada,
e sem me demorar, descendo a escada,
quem seria fui ver… quase mortinho
de curiosidade, dada a hora
de um noite invernosa, já tardia,
varrida por intensa ventania,
e logo constatei… ser a Senhora!
Há sempre quem ouvindo o nosso apelo
os pés ponha ao caminho, caia neve
ou nas estradas predomine o gelo.
Deus lhe pague, Senhora, cujo nome
vou pôr na minha agenda dentro em breve
para quando a saudade… me consome!
João de
Castro Nunes
Ai poeta, que me envaidece! A noite fez-se um dia luminoso.
ResponderEliminarGrata, pelo sorriso.
Quando as palavras são como as águas rolantes do ribeiro, que cumprimentam as pedras e os escolhos do leito e das margens, as árvores, as raízes, os peixes, os estorninhos que espreitam nos salgueiros, um sorriso para cada vizinho no caminho, a poesia, todavia de circunstância, apresenta aquele tom quente e sereno epistolar dos monumentos clássicos da amizade. Que Francisco tão bem soube resgatar, para encantar os pássaros e todos os que se sentem compelidos a não o ouvirem.
ResponderEliminarA amizade tem as suas jóias primas. Aqui lavra-se filigrana.
Um Abraço para João e Marta.
Manuel.