Varrer a
casa
“Somos um povo que se repete”
Torga
Um povo que se repete
ao fim de quase um milénio
é um povo que promete
fazer valer o seu génio.
Repetir-se é ter memória,
é ter personalidade
para afirmar-se na história
com sua mentalidade.
O que importa é na hora exacta,
como tantas vezes fez,
erguer a grimpa e à batata
escorraçar do poder
quem por mera estupidez
tão mal o soube exercer!
João de
Castro Nunes
Repetir-se é gaguejar o infinito
ResponderEliminarPerder o mesmo sítio uma e outra vez
Papaguear-se papagueando em som aflito
A fala de uma língua nascida da gaguez
Abrir, picar, rodar no bico circular
Fechar a circunferência em plié de compasso
Pés de bailarina riscando no espaço
A roda do lenço que Isadora irá usar
Pois que tudo é simples memória repetida
Génio é só aquele que se lembra melhor
Do gago tempo em que a morte se faz vida
Convulsão eterna sem nada para esperar
Sobrevive o lenço como um mecânico motor
Da roda que gira presa ao mesmo esvoaçar…
(Consegue varrer melhor? Reconheça Mestre...)
Enquanto o seu cavaquinho
ResponderEliminarestiver... desafinado,
converse com seu vizinho
pondo os poemas de lado!
JCN
Mestre afinado do soneto intemporal,
ResponderEliminarVejo que a idade não lhe fez perder a pena!
Mas ficava-lhe bem reconhecer que afinal,
Em matéria de soneto, passo-lhe a perna!
Ah! Ah!
A perna ninguém me passa,
ResponderEliminarpode ter disso a certeza,
muito embora reconheça
que não deixa de ter graça!
JCN
Como é bela intenção a lição!
ResponderEliminarUm sorriso, um abraço ao colibri JCN.
Ó vozinho, quem é a Cláudia?
ResponderEliminarNunca me foi apresentada, F.W: conheço-a das páginas do "De rerum natura" e, mais recentemente, do "Cavaleiro solitário". Isso me basta, F.W.! JCN
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