Natais nossos
Não há Natal
este ano a vez primeira
em
nossa casa, eivada de tristeza,
porque
no teu lugar, à cabeceira,
não
há ninguém para ocupar a mesa.
Acabou-se
contigo a tradição
que
sempre vigorou nosso lar,
cabendo
agora à nova geração
não
a deixar morrer ou alterar.
Os
filhos saibam, netos e bisnetos,
no
íntimo aconchego dos seus tectos,
viver
no mesmo espírito essa festa!
Ainda
que privados de contacto,
a
mim, por consoada, só me resta
rezar contigo frente ao teu retrato.
João
de Castro Nunes
Coimbra, Dezembro de 2002.
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