segunda-feira, 18 de junho de 2012


                               O meu veleiro


                   É no soneto… que navego bem
                   sobre o papel a mão me deslizando
                   com rapidez sem me encontrar refém
                   de ter de bolinar de vez em quando.


                   Camões tomando por meu norte e guia,
                   insuperável… na modalidade
                   quer pela forma quer pela harmonia,
                   dou largas ao veleiro… que me evade.


                   Deixando-me levar pela emoção,
                   faço correr a mão pelo papel
                   ouvidos dando à voz do coração.


                   O mais… são violinos a tocar
                   enquanto vai singrando o meu batel
                   por sobre as ondas de inspirado mar!


                            João de Castro Nunes
                   

10 comentários:

  1. Bem tenta... mas o barquito não tem motor...

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  2. O meu veleiro é um quadro pintado
    Livre de moldura, sem âncora na tela…
    Leve cor de branco desmembrado
    Num prisma movimento de barca bela!

    Pescador que velas o meu veleiro,
    Que dás ao tempo cada hora dividida,
    Transborda do pincel o mar primeiro
    Pinta-me sereia em contraluz de vida!

    Veleiro sem partida nem chegada
    Navega na maré de cada pincelada,
    Toca no horizonte o sol que brilha inteiro.

    Mas o alto mastro rasga o céu salgado...
    Tomba o quadro de noite-tinta molhado
    E eu ergo-me só, fantasma do meu veleiro!


    PIMBA! Nada a fazer Mestre! Divirta-se a bater martelinhos!

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  3. O "barquito", F.W., navega à sirga, marimbando-se para as contimgências dos ventos e dos combustíveis! Tem motor... a broa. Quanto ao pedido de esclarecimento que me fez e que suponho de recta intenção, não me encontro habilitado a satisfazer a sua legítima curiosidade, que aliás compartilho. Não sou bisbilhoteiro... a esse ponto. Fico-me pela contida suspensão de qualquer juízo de valor ou reprimida inquirição de identidade. Cada qual no seu veleiro! JCN

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  4. Arrependeu-se do soneto, F.W.? Até mesmo sem motor, quase me passava a perna! Um pouco mais... e fica a par do zarolho! JCN

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  5. Professor Castro, não lhe fiz qualquer pedido de esclarecimento. Se recebeu alguma coisa através do meu blogue, em nome de FW gostaria de ser informada porque é, com certeza, usurpação de identidade.
    Ontem enviei-lhe um soneto que, por qualquer motivo que me transcende, resolveu não publicar e é só.

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  6. A pergunta que me era feita e que eu eliminei, F.W., era se a Cláudia profissionalmente fazia vida pela poesia, não me encontrando longe de admitir tratar-se de abusiva apropriação de identidade, o que aliás frequentemente acontece e constitui procedimento mais que reprovável, embora não sujeito a repressão judicial, fruto do sentimento de impunidade que se instalou no país.
    Quanto ao soneto em causa e que não deixei de inserir nos comentários com a devida consideração, não me urtando a pô-lo quase a par do dito cujo zarolho, "reapareceu" não sei por que magia, dado que cheguei a supor que teria sido obra sua "eliminação" por eventual e injustificado arrependimento. Ainda bem que não! Haja bons ventos para enfunar as velas das nossas metafórics embarcações! JCN

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    1. Corrijo a gralha "urtando" por "furtando". Contingências do meu teclado... a necessitar de urgente substituição. JCN

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  7. Ora essa, do significado "abusiva apropiação de identidade" responderia a qualquer situação em característica aprendiz posto vos portugueses publicam a argumentam comentários e sob em qualquer momento honro os desígnios deste nobre país Portugal em vênia a inclinação poetica a partida reporto-me a vos, porém em sinal a inconveniente retiro-me.

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  8. Fosse qual fosse o autor,
    a pergunta alguém ma fez,
    mas à qual, por minha vez,
    não lhe dei qualquer valor!

    JCN

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  9. Para que as coisas fiquem bem claras e não dêem margem a qualquer ambiguidade, cumpre-me dizer que a pergunta que me oi formulada acerca de Cláudia S, Tomazi, pergunta que de imediato eliminei dos comentários, tinha como responsável alguém que se acobertou com a sigla F.W., cabendo a quem dela se serve como punção de identidade desenredar o nó cego. Por mim... ponto final, esperando que Cláudia S. Tomazi, que muito me honra com os seus originais comentários, não "se retire" de cena. JCN

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