Garimpando
Seja o poeta como um garimpeiro
a pesquisar nas fontes literárias
tudo quanto de belo e verdadeiro
remonta quase a eras legendárias.
É tudo nosso: é só deitar a mão
aos montes de fagulhas fulgurantes
de ouro nativo em grande profusão
a par de cristalinos diamantes.
De Homero e de Vergílio a Juvenal
são referências e padrões eternos,
passando por Antero de Quental.
Postos à luz no fundo da bacia,
de novo trabalhados e modernos,
deles se nutre… a minha poesia!
João de Castro Nunes
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