Sinfonia azul
Aos pés da minha cama tenho um Cristo
em tons de azul pintado por um filho
sobre papel comum, sem qualquer brilho,
que a referir-me a ele… não resisto.
Quando estou pronto para me deitar
é a derradeira coisa que eu enxergo,
o mesmo acontecendo quando me ergo
a fim de um novo dia começar.
Por ser azul… parece nem sofrer
naquela cruz pregado, quase nu,
para à morte por nós se oferecer.
Obra de um filho meu, que ma quis dar,
vontade sinto… de tratar por tu
esse meu Cristo… fora do vulgar!
João de Castro Nunes
Recital em recinto iluminado.
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