Supremo
escárnio
Quando tu dizes que a pedrada fere
mas nos desperta para a reacção
dando lugar à luta, que confere
ao vencedor a palma, tens razão.
Mas não menos a tens, quando referes
que é bem pior o escárnio sem defesa
de espécie alguma para rebateres
quem te reduz… na tua natureza.
Chamarem-te poeta
talvez fosse
uma maneira atroz, mas agridoce,
de alguém querer ferir tua hombridade.
Mas, a meu ver, o ângulo por onde
mais fundo se atingiu tua vaidade,
Camilo, foi fazerem-te… visconde!
João
de Castro Nunes
"Da minha língua vê-se o mar":
ResponderEliminaro Mar e a Lusofonia
:D
No mar alto do Poeta, a quilha pena
Vinca ondas no papel por navegar,
Sereia dançando flores, tão pequena,
Rascunhos de navios além-mar.
Fundo búzio na saudade Ocidente,
Nobres ecos de voz, pátria amada!
Mirra a tinta no incenso Oriente
E escreve o Poema p’la “estrada de nada”.
Terra à vista é Camões, mão que amarra
Salgada lágrima na viela da guitarra…
- Espelho do Tejo, alguém mais Bela do que eu?
E o Monstro rodou três vezes, Adamastor:
- Ninguém é mais bela que tu, meu amor,
Língua que nunca foi de mar, mas de céu!
Nem o zarolho faria melhor! Vénia Mestre!
Vejo com satisfação, F.W., que trocou o cavaquinho pelo violino, quase um stradyvarius, rival do meu! Dou a mão à palmatória. De qualquer forma, ou seja, em todo o caso, leva-me a palma na alegoria, mas fica-me a dever na musicalidade. Nisto... estou eu mais perto do zarolho! Há que lhe passar a perna, "camoneando"! JCN
ResponderEliminarCorrijo a gralha "stradyvarius" por "stradivarius". JCN
ResponderEliminarMusicalidade?
ResponderEliminarBater martelinhos na hora certa... Tic-tac, tic-tac...
O ritmo é uma avaria Mestre. Não se fie. O caos é feito de ritmo.
O coração
é o único que sabe
a pulsação.
Alegoria.
A alegoria não chega
ResponderEliminarpara fazer poesia
que exige categoria
nos elentos que emprega!
JCN