Lastro
poético
Nos alçapões da minha poesia,
fechados desde logo a cadeado,
se encontra a sete chaves bem guardado
o lastro dos meus versos de hoje em dia.
Tendo no fundo gregos e romanos,
sucedem-se, por ordem cronológica,
em sedimentação arqueológica,
os clássicos rivais italianos:
Dante, Petrarca e logo os portugueses,
Camões, Bocage, Antero… tantas vezes
de idêntica craveira ou estalão.
De todos recolhendo inspiração,
a minha poesia, há que dizê-lo,
não tem qualquer arquétipo ou modelo!
João
de Castro Nunes
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