A cepa do
sonho
Terminada a vindima, fica a
cepa,
promessa de vindoura produção,
por cujo interior a seiva trepa
para florir na próxima estação.
Do vinho não bebido fica um resto
que misturado ao da colheita nova
lhe dá, como aliás é manifesto,
mais doce paladar… quando se prova.
Lembrar isto me faz os sonhos nossos,
de cujos estilhaços e destroços
outros surgindo vão que os regeneram.
O mal é quando a cepa chega ao fim
e os sonhos em poeira degeneram,
deixando de haver rosas no jardim!
João
de Castro Nunes
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