Amor ausente
Teu mal, Pessoa, foi não ter amado
a sério uma mulher, como eu amei,
mãe de oito filhos que eu alimentei
sob o carinho seu… tão partilhado!
Falar de amor sem nunca o ter provado
mesmo que fora dos grilhões da lei
foi coisa que jamais… eu perfilhei
por ser um sentimento simulado.
Ao que julgo saber, caro Pessoa,
a mulher para ti, celibatário,
nunca foi mais que tema literário.
Contrariamente àquilo que apregoa
por esse mundo fora muita gente,
o amor nos versos teus se encontra ausente!
João de
Castro Nunes
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