Final feliz!
Quando a morte vier buscar-me
a casa
sem me avisar antecipadamente,
vou recebê-la com um golpe de asa
de quem não teme vê-la pela frente.
Não a procuro nem tão-pouco a chamo,
mas quando ela vier será bem-vinda,
achando à porta o respectivo ramo
se porventura a não conheça ainda.
Depois irei, na sua companhia,
por esse espaço fora, de mão dada,
na direcção do reino da alegria.
Só junto àquela que me precedeu
e em longos anos tanto amor me deu
acabará por fim minha jornada!
João de Castro Nunes
Nobre poeta João de Castro Nunes,
ResponderEliminar"Para tão longo amor tão curta a vida!", já o disse outro grande poeta português. Entretanto, entendo a vida como infinita e para mim o amor cantado e decantado nos versos de ambos vive e aguarda o exato momento de, como um jardim, debulhar-se novamente nas flores que nele já foram carinhosamente semeadas.
Especial abraço e aplausos da brasileira Regina Coeli/RJ.