A ternura dos setenta
Na casa dos setenta já puxados,
à volta da camilha, era usual
ambos passarmos tempos incontados
a repassar o nosso... historial.
Momentos bons e maus (quem os não tem?)
nos iam vindo aos poucos à lembrança,
os filhos que tivemos e também
os netos que vieram... sem tardança.
Havia alguns silêncios pelo meio
durante os quais ficávamos olhando
um para o outro… como namorando!
Por fim… num doce e carinhoso enleio,
enquanto os dois ainda nos fitávamos,
as mãos mutuamente… nos beijávamos.
João
de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário