“Por
ela… a mando fazer assim”
D. Luís da Silveira encomendou
o rico monumento funerário
que Hodarte, em Góis, na igreja executou.
Foi com a mente posta em sua esposa,
Beatriz de Noronha, que a primor
aquela sepultura portentosa
sem olhar a despesas mandou pôr.
Para melhor vincar sua intenção,
fez colocar nos medalhões do tecto
dois vultos femininos em concreto:
a intrépida Judite e a nobre Ester,
como a dizer que toda a construção
é a apologia em pedra da Mulher!
João de Castro Nunes
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