terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


                               Ante um vaso grego


                   Possuo um vaso grego verdadeiro
                   por minhas próprias mãos desenterrado
                   não só perfeitamente conservado
como por sorte, a bem dizer, inteiro.


Tem uma cena báquica pintada
em traço negro sobre fundo rosa,
uma típica peça graciosa
por mãos atenienses de corada.


Sobre o dorso de helénica trirreme,
de S. Vicente o cabo ultrapassando,
aqui terá chegado, como e quando?!


Que ousado nauta terá vindo ao leme,
a rota repetindo, com bravura,
que fez um dia Ulisses… porventura?!


         João de Castro Nunes

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