Banalidades
(Ode torguiana)
a respeito de Torga dissertando,
banalidades de um e dois são três,
as mesmas coisas sempre repisando:
que amava mais que nada a liberdade
e que por ela andou pelas prisões,
que detestava a vida da cidade
e se sentia a mais entre os beirões.
Coisas assim que toda a gente diz,
fazendo-se passar por seus amigos,
uns mais recentes, outros mais antigos.
Só que, no fundo, quanto ao que escreveu,
quase nenhum leitor se apercebeu
do génio que nutriu… sua raiz!
João
e Castro Nunes
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