A duplo rogo
Senhor meu Deus! tu sabes muito bem
o que eu tenho sofrido com a morte
daquela que me deste por consorte,
igual à qual nunca existiu ninguém!
Mas isso não impede que to diga
constantemente, a cada hora que passa,
para que não esqueças a desgraça
que me atingiu, me fere e me fustiga!
Preciso que te mostres solidário
e a exemplo do que fez o cireneu
me ajudes no caminho do calvário!
Também to vai rogar minha mulher
em termos que te irão enternecer,
pois tens um coração como era o seu!
João de Castro Nunes
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