terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


                             A desforra


                   O Zé-povinho somos todos nós,
                   que pagamos impostos sem bufar,
                   ou seja, sem poder erguer a voz
                   e contra esta pandilha protestar!


                   A albarda carregamos sem remédio,
                   seja qual for o dono do poder:
                   uma desgraça a nossa vida, um tédio,
uma total ausência de prazer!


Querem que eu seja estúpido, iletrado,
de todos e por tudo apanho e levo
somente por dizer o que não devo.


Este é o zé-povinho, sempre aflito,
besta de carga, cujo desagrado
apenas se traduz pelo… manguito!


            João de Castro Nunes


                  


                   

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