Quando a morte vier buscar-me a casa
sem me avisar antecipadamente,
vou recebê-la com um golpe de asa
de quem não teme vê-la pela frente.
Não a procuro nem tão-pouco a chamo,
mas quando ela vier será bem-vinda,
achando à porta o respectivo ramo
se porventura a não conheça ainda.
Depois irei, na sua companhia,
por esse espaço fora, de mão dada,
na direcção do reino da alegria.
Só junto àquela que me precedeu
e em longos anos tanto amor me deu
acabará por fim minha jornada!
João de Castro Nunes
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