Já não há brasas na lareira antiga,
as salas estão só a meia luz,
nada me apraz e nada me seduz,
já não tem nada a vida que me diga!
De quando em vez assomo-me à janela
e olhando para o céu com amargura
eu tento divisar tua figura
em qualquer nuvem, em qualquer estrela.
Que desespero o meu por só poder
ouvir a tua voz, ver teu sorriso,
quando chegar o dia do Juízo!
Até lá, meu amor, na escuridão
que se apossou da nossa habitação,
dá-me um sinal de ti… se puder ser!
João de Castro Nunes
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