Que saudades, amor, tenho de ti,
da tua doce voz, do teu sorriso,
do teu formoso rosto, do teu riso
que nunca mais, amor, eu esqueci!
As horas passo, amor, a recordar-te,
a recordar a tua companhia
sem deixar um momento de evocar-te
na minha arrebatada poesia.
Nunca mulher alguma foi amada
tão loucamente como tu, amor,
com tanta intensidade, tanto ardor!
Sem caminhar contigo de mão dada
devido à tua prolongada ausência
como hei-de suportar esta existência!
João de Castro Nunes
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