Para falar de mim, dos meus poemas,
me basto eu mesmo: mais do que ninguém
me conheço melhor; como se alguém
tanto a par estivesse dos meus temas.
Gosto, em meus versos, de falar com Deus
questionando… a sua natureza:
por que motivo nunca sai dos céus,
fazendo-nos supor que nos despreza?
Gosto, logo a seguir, de recordar
a beleza daquela que eu amei
perdidamente… e continuo a amar
nos filhos que me deu, copiosa grei
cujas feições a sua reproduzem
e sem cessar a ela me conduzem!
João de Castro Nunes
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