sábado, 21 de janeiro de 2012

D. Leonor de Bragança

Posta à veneração de todo o mundo
podia estar agora nos altares
a consorte de D. João Segundo,
ornada de virtudes singulares.

Por um crime de amor em que caiu
o seu régio marido, ela, ao sabê-lo,
com tanta impiedade reagiu
que até na morte se escusou a vê-lo.

De nada lhe valeu ser fundadora
de cem Misericórdias portuguesas
instituídas pelo país fora…

Tão dura e crua foi de coração
que a Santa Sé, de resto sem surpresas,
lhe negou sempre… a canonização!

João de Castro Nunes

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