sábado, 21 de janeiro de 2012

Advogada de defesa

Quando o meu coração já não bater
e o meu corpo for a enterrar,
não rezem missas para sufragar
a minha alma assim que falecer.

Por mim não chorem nem no meu caixão
ponham qualquer espécie de bentinho
porque eu, quando morrer, vou direitinho
ao sítio do meu outro coração.

Está à minha espera com certeza
para me desculpar ante o Senhor,
quando também o meu não bater mais.

Tendo-a por advogada de defesa,
bastar-me-á dizer :”Eu sou o amor
da Maria de Lourdes Guimarães”.

João de Castro Nunes

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