Rosas para
Hiroshima
Deixou de em Hiroshima haver jardins
e crianças a brincar entre as roseiras,
abelhas a zumbir nesses confins
donde vieram nossas japoneiras.
Deixou de em Hiroshima se fazer
amor entre as pessoas com receio
de monstruoso parte suceder
por obra desse infausto bombardeio.
Deixou-se em Hiroshima de rezar
por já ninguém, no meio das ruínas,
em seus antigos deuses confiar.
Um dia em
Hiroshima hão-de brotar
de novo frescas
rosas-de-toucar
para compor as
tranças das meninas!
João de
Castro Nunes
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