Beijo-te as mãos
Beijo-te as mãos, amor, beijo-te as mãos
que as minhas tanta vez acarinharam,
beijo-te as mãos do modo que as beijaram
às damas nos salões os cortesãos!
Beijo-te as mãos que tu dizias feias,
mas eram de certeza graciosas,
fidalgas, delicadas, calorosas
como o sangue correndo em tuas veias.
Beijo-te as mãos como beijaste as minhas
pelo amor que te dei, que ambos nos
demos,
durante o longo tempo que vivemos.
Beijo-te as mãos, amor, até mais não,
com toda a alma, todo o coração
posto a teus pés no solo onde caminhas!
João de Castro Nunes
Caminharás a soberania de teus dias.
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