Ode nerudiana
Quando eu os vi, retrato por
retrato,
ao natural, ou seja, frente a frente,
não soube que pensar de imediato
acerca dos painéis de S. Vicente.
Depois… consultei livros, alfarrábios,
ouvi palestras, doutas conferências
e, trocando impressões com vários sábios,
cheio fiquei de ouvir incoerências.
- “Sabe acaso, vizinho!” – perguntei
ao vizinho do lado, amigo meu -
“o que esses quadros, de que lhe falei,
querem dizer?” - Mas ele, se escusando,
como a pedir desculpa, respondeu:
- “Acaso pensa que eu pertenço ao bando!”
João de
Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário