Ode à tristeza
Há dias, muitos dias, longos
dias,
em que de alma tolhida de saudade
só me apetece, em minha intimidade,
compor… poemas tristes, elegias.
Esgotei já, no meu vocabulário,
todos os termos que encontrei à mão
para, de modo algum, dar expressão
às várias estações do meu calvário.
Hoje precisamente, mais que nunca,
sinto no peito, a destroçar-me a alma,
da nostalgia a férrea garra adunca.
Só a poesia a respirar tristeza
me suaviza o espírito, me acalma
e me devolve a paz da natureza!
João de
Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário