Provincianismo
Não leiam por favor os meus poemas
em certames e feiras concelhias
organizadas pelas autarquias
às ruas atirando as minhas gemas!
Evitem-me os requebros adamados,
esses gestos grotescos e sem jeito
de um provincianíssimo sujeito
de langorosos olhos revirados!
Para os meus versos quero outros destinos
longe do bronco badalar dos sinos,
mas no recato dos salões de estudo.
O que aliás desejo, mais que tudo,
é que se leiam como quem na igreja
perante Deus está sem que se veja!
João de
Castro Nunes
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